O ano será lembrado por muitas conquistas para o Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais. Resultados concretos de uma ação estrutural, com destaque nas cidades de Cataguases, Muriaé, Leopoldina, Mirai e Itamarati de Minas, com foco na economia criativa, em políticas públicas e no desenvolvimento regional, humano e sustentável.

Fazemos aqui um balanço de 2012 das ações exclusivas no âmbito do movimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata, reconhecendo que a região é rica e vibrante com inúmeras ações no campo da música, literatura, da dança, do teatro, das artes visuais, dentre outras. Ou seja, uma região que pulsa e que faz muita diferença no setor cultural em Minas Gerais.

O ano iniciou com a inauguração da Escola Municipal do Audiovisual Carlos Scalla, na cidade de Muriaé, iniciativa governamental inédita em âmbito nacional. Em abril foi a vez das comemorações dos 10 anos do Programa de Cultura e Desenvolvimento Local e do Centro Cultural Humberto Mauro, ambos, lançados, em Cataguases, em 2002. Uma primeira edição do Circuito do Polo Audiovisual percorreu cidades da região, com fóruns, oficinas e mostra de filmes.

Outro importante destaque foi a assinatura, em maio, do protocolo do Consórcio Intermunicipal de Cultura pelos prefeitos das cidades de Cataguases, Muriaé, Leopoldina, Mirai e Itamarati de Minas, inaugurando uma participação efetiva de governos municipais locais no movimento do Polo Audiovisual.

Em seguida,  a região foi palco para duas novas produções: “O Menino no Espelho”, do diretor Guilherme Fiúza, em Cataguases, e “Quase Samba” de Ricardo Targino, em Muriaé. Duas ações que impactaram a região por cerca de três meses, injetando em sua economia mais de 2 milhões de reais, gerando postos de trabalho para mais de 200 pessoas, dentre elas, artistas, técnicos e produtores locais.

Entre as conquistas, destaca-se ainda o prêmio de melhor filme na categoria infanto-juvenil concedido ao “Meu Pé de Laranja Lima”, de Marcos Bernstein, concedido pelo Festival Internacional de Roma, na Itália, realizado em novembro passado. O longa-metragem foi o primeiro  gravado no âmbito do Polo Audiovisual nas cidades de Cataguases, Leopoldina e Recreio, envolvendo artistas, produtores, técnicos e fornecedores locais.

E uma nova geração de talentos da região começa a produzir e conquistar prêmios: o curta “Viagem Real”, de Eduardo Yep e Henrique Vale levou o troféu de melhor filme pelo júri popular e o Prêmio Incentivo no Festival de Cinema Primeiro Plano, de Juiz de Fora.

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Já o filme “O Espelho de Joaquina”, de Rafael Aguiar, foi selecionado para participar da 4ª Mostra de Cinema Brasileiro na cidade de São Tomé, capital do país africano São Tomé e Príncipe. Rafael já está em fase de edição de um novo filme, chamado por ele, até a definição do título definitivo, de “Projeto Glória”.

Em Leopoldina,o jovem Iano Oliveira foi um dos ganhadores do Prêmio Agente Jovem de Cultura, do Ministério da Cultura, por seu trabalho com uma câmera fotográfica analógica.

E o curta de animação “O Plano de Peçanha”, realizado no âmbito do Projeto Fábrica Animada em 2011, será objeto de uma pesquisa de professores e alunos da UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais).

O mês de outubro marcou o ano com duas ações de intercâmbio e cooperação internacional. Uma missão técnica com o Sebrae-MG levou gestores locais a conhecer programas e projetos em cidades da Inglaterra e da Espanha. Em Portugal, na cidade de Guimarães uma edição especial do Festival Ver e Fazer Filmes, fez a primeira incursão do modelo de festival em terras do além mar.

Para encerrar o ano foi realizado a 5ª edição do Fórum DiverCidades Criativas, que teve destaque com a produção de um programa piloto para Web e TV, o Arena Digital, e o Arena Aberta,um espaço de debates envolvendo gestores, professores, produtores e artistas, com o tema: Cultura, Educação, Inovação e Desenvolvimento Regional.

Ou seja, um ano de grandes realizações, fruto do esforço e compromisso de uma rede de parceiros da sociedade civil local, grupos e instituições culturais, universidades, empresas e governos.

Edição e redação: Beth Sanna – Agência 21 / Núcleo de Comunicação da Fábrica do Futuro